O Que é Automação De Marketing: Os 5 Segredos

Fred autografa teu Dicionário do Nordeste, cuja última edição (da Cepe) em 2013, com 716 páginas, conta com mais de dez mil verbetes. Fred em teu tempo de militância em Pernambuco em folheto da campanha pela qual apoiou Miguel Arraes e Artur Lima. A pedido do entrevistador, ele redigiu um texto pra apresentá-lo ao leitor do Blog.

Aos vinte e dois anos, no término dos cinzentos anos 1970, iniciei a carreira de jornalista como similar do jornal Movimento, publicado sob censura rigorosa, mas um dos únicos porta-vozes da imprensa independente ou sem compromissos com o regime militar. A batalha pela anistia trouxe retornando a Pernambuco, no início dos anos 1980, Miguel Arraes, Francisco Julião e Gregório Bezerra, além de outros mais, e fui designado pelo jornal pra entrevistá-los. Depois, em São Paulo, no término dos anos 1980, trabalhei 2 anos na revista IstoÉ, como revisor e redator, e fui colaborador permanente do jornal Voz da Unidade, porta-voz portanto do clandestino Partido Comunista Brasileiro.

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Abandonei as redações no começo da década de 1990 pra me tornar sócio e diretor de duas assessorias de imprensa. Sou colaborador da revista Continente, do Recife, e da Revista Bula, de âmbito nacional, e também digitar eventuais artigos pra em blogs e sítios da internet dedicados à política e à cultura. Nêumanne – Qual foi o aprendizado que o senhor trouxe pra sua existência, hoje, dos anos de resistência ao regime militar como equivalente do jornal alternativo Movimento no Recife, na sua juventude? Fred – A principal lição foi de que a autonomia e a democracia são conquistas de uma guerra danada, cotidiana, dependem do trabalho incansável, são frutos de uma competição sem encerramento.

A prova está à vista de todos, nos tempos atuais, no Brasil e em numerosos países, em que uma aparente normalidade democrática esconde o ovo da serpente do autoritarismo. Os governos petistas também flertaram com a ideia (controle “social” da mídia, conselhos famosos e outras sandices). Regime militar, petismo ou bolsonarismo, todos anseiam na unanimidade do fascismo, mesmo que disfarçado de “erdoganismo”, “bolivarianismo” ou qualquer outro “ismo” disponível.

Para evitá-los, só o exercício permanente da crítica, do debate e do confronto das ideias. Fred, pela fundação do PT, hoje cita Cazuza: “Meus heróis morreram de overdose/ eh, meus inimigos estão no poder./ Ideologia,/ eu pretendo uma para viver”. N – Que papel teve a imprensa escolha – O Pasquim, Opinião, Versus, Movimento, Abertura, Brasil, Mulher, Lampião e outros – no enfrentamento da censura e na construção da redemocratização? F – Mesmo sofrendo uma censura severa, com edições confiscadas na gráfica e jornalistas e colaboradores presos, nos anos 1970 a imprensa escolha era a única forma efetiva de furar o bloqueio decretado sobre isso os meios de comunicação.

Dicionário do Nordeste é um clássico da pesquisa lexicográfica da fala nordestina e foi um livro montado com paciência de chinês natural de Recife. À época do lançamento da primeira edição do Dicionário do Nordeste, Fred foi entrevistado por Jô Soares no programa Onze e Meia, do SBT. F – Parodiando François de La Rochefoucauld, suspeito que José Sarney tenha sido o valor que o vício cobrou da virtude para que a ditadura não se estendesse por mais um ano ou 2. Era um retrocesso evidente demasiado para que não fosse percebido como um golpe branco no modo de redemocratização do País.

F – Não chorei nem me descabelei, prezado, eu neste instante tinha passado da idade da explicação pra me surpreender ou decepcionar com as contradições inerentes aos processos históricos. O escritor James Joyce acertou no alvo ao escrever: “A História é um pesadelo do qual tentamos acordar”. A roubalheira oficial no Brasil começou em 1529 com a instalação do primeiro governo-geral, perante a responsabilidade de Tomé de Sousa, que em Portugal era político e bem como militar, é oportuno relembrar.

Para descrever sua decepção com as gestões do PT (pela foto, está com Lula em 1980), Fred cita James Joyce: “A História é um pesadelo do qual tentamos acordar”. F- Em primeiro ambiente, disparado, o antipetismo, uma força robusta ainda não dimensionada acertadamente à esquerda ou à direita, nem estudada pelos futuros ou atuais doutores da USP, PUC, Unicamp, UFRJ ou UnB.